domingo, 3 de outubro de 2010

Chegou a hora de inalar a frescura nocturna que me purifica.
Ao respirar fundo sinto clarear a mente, e com um arrepio,
desperto os sentidos que o cansaço desse dia entorpecera.
Chegou a hora de te sentir chegar.
Arrepiar-me ainda mais, desta vez com o calor do teu abraço.
Olhar para ti e saber que nesse momento tudo faz sentido,
mesmo sabendo que ao primeiro raio de sol tudo terá desaparecido.
Enquanto a noite durar os sonhos podem ser reais,
enquanto este refrigério durar, sentirei a tua pele quente.

Não consigo adormecer com medo de perder um segundo que seja
deste alívio de te ter aqui,
da alegria que sinto por estarmos finalmente sós.
Permaneces acordado comigo, ambos mudos de palavras, sedentos de olhares.
Conversamos noite fora, num diálogo mudo feito de gestos, sorrisos, beijos e olhares.
Por fim ergue-se o sol e o que resta do refrigério da noite
em breve desvanecerá perante o calor que o dia emana.
Chegou a hora de te ver partir...

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