quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

sono.

embala-me que quando eu durmo não estou cá.
embala-me num singelo sono distante,
não estou por perto se chamarem por mim.
digam que me fui,
fui para longe, tão longe, já não volto
hoje amanhã nunca,
estou no longínquo para lá do horizonte e durmo.
já está, digam-me adeus ainda agora, naquele roçar pelo sono,
enquanto por cá ainda ando, que depressa me irei.
tomo comigo, em misericórdia,
a beneficência da irrealidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bonito. Tem um desenrolar muito natural.