vogando dormente no estio abrasador,
que areias arejaste com carícias,
que cativos desertos libertaste do calor?
pequeno sopro cansado de sonho,
encanto tecido de lábios no poente,
como estrelas a jorros de infantis mãos,
canções feitas para murmúrios, somente.
pequeno sopro cansado de silêncio,
mascarra no marasmo alvo dos dias,
quantos dentes-de-leão afagaste,
pedaços fluentes de memórias fugidias?
dorme agora, pequeno sopro cansado do mundo,
velado pelas cortinas corridas do tempo.
dorme em paz, pequeno sopro cansado e moribundo,
sem saberes que destino é sopro como tu,
talhado pelo amar caótico de deuses.
2 comentários:
Muito bonito. Gosto principalmente das duas últimas estrofes e principalmente da penúltima.
^^
Tiraste-me as palavras da boca, Lin Na :D
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